Quero todos teus quereres
Quereres
Seja carne
Seja peixe
Quero até que tu me queiras
Sem pesares
Padeceres
Quero a fé nos querubins
Que desabem as paredes
Quero crer
Tudo que queres que eu seja
Teus prazeres
Quero que me queiras
E se quiseres
Eu serei
O ser dos seres
Quero um gole de café
Quero
Não te quero aquela noite
Te esperar em tua porta
Não te abraço a mesma cama
Nem me alucinam as outras
Eu gritei essas mentiras
Nas janelas que o mundo tem
As garrafas estão vazias
O que foi que você fez
Quem será
Que habita o meu desolado
O que será que serei
Como será amanhã
Como será que farei
Quando chegar amanhã
Serei a dona da cena
Terei formado um casal
Terá valido a pena
Será um sonho real
Serei a dona da casa
A dona do meu nariz
Terei soltado as asas
Terei vivido feliz
O que será que serei
Como será amanhã
Meus anéis e meus vestidos
Há muito tempo perdidos
Buscam saudades de mim
Debruçada sobre o espelho
A ver na face que ausculto
Sobra de um gesto, de um vulto
Que tenha pena de mim
Mas as minhas mãos antigas
Também a tempo perdidas
Dizem adeus pra mim
Amor é outra liberdade
Não é o susto da paixão
Não é um raio é um espelho
Não é o medo da solidão
Uma paixão naquela esquina
Prende um punhal em sua mão
O amor semeia, colhe e espalha
O amor divide sua ração
Uma paixão quando envelhece
Santa menina sensual do metrô
Em que banco você dá sangue
De qual pivete você ouve
A mais perversa promessa de amor
Agana, a grana sacana
Viaja de olho no seu decor
Como voyeur
Mão boba, despertar carona
Te arroxa, te arranha, um boxeur
Te
