Tu staje malata e cante,
Tu staje murenno e cante…
Só’ nove juorne, nove,
Ca chiove… chiove… chiove…
E se fa fredda ll’aria,
E se fa cupo ‘o cielo,
E tu, dint’a stu ggelo,
Tu sola, cante e muore…
Chi
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O Anjo da Guarda
Quando minha irmã morreu,
devia ter sido assim,
um anjo moreno, violento e bom, brasileiro.
Veio ficar ao pé de mim.
Ah!
O meu anjo da guarda sorriu
e voltou para junto do senhor.
Desafio
Não sou barqueiro de vela,
Mas sou um bom remador:
No lago de São Lourenço
Dei prova do meu valor!
Remando contra a corrente,
Ligeiro como a favor,
Contra a neblina enganosa,
Contra o vento zumbidor!
Sou nortista destemido,
Não gaúcho roncador:
Passione
Cchiù luntano me staje,
Cchiù vicino te sento…
Chi sa a chistu mumento
Tu a che pienze… che ffaie!…
Tu m’hé miso ‘int ‘e vvene
Nu veleno ch’ è ddoce…
Num me pesa sta croce
Ca trascino pe’ te…
O Menino Dorme
O menino dorme.
Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
A mãezinha canta:
— “Dodói, vai-te embora!
“Deixa o meu filhinho,
“Dorme . . . dorme . . . meu . . .”
Morta de fadiga,
Ela adormeceu.
Então, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Dança do Martelo
Irerê meu passarinho do sertão do Cariri,
Irerê meu companheiro,
Cadê viola ? Cadê meu bem ? Cadê Maria ?
Ai triste sorte do violeiro cantadô !
Ah ! Sem a viola em que cantava o seu amô,
Ah ! Seu assobio é tua flauta de Irerê:
Que tua flauta do sertão