Eu bem que avisei
Sou estranho
Não chegue tão perto assim
Vai por mim
Você fez que não ouviu
Tomou de conta
Fez de conta que era charme alfenim
Ai de mim
Agora quero ir embora
Embora não deseje o fim
Vai por mim
Arquivo da tag: Chico César
Feixe
Há dias que acordo tão pacífico
mas há manhãs em que me atlântico
e a mim mesmo com o dedo indico
peixe-boi
feixe-luz
quem foi que fui
nas tardes niilistas destes dias
quando não mais me amazônico
nada me mississipa
nem as lágrimas que
Espinha Dorsal do Mim/Rapreciso
É preciso ser grão
ter pão
ter paz
ser bom
ter bens
ser cão
ser caos
ver deus
ter zoom
É preciso
ser só
dar nó
ler nin
dar cu
vir nu
ser um
ter mil
dar cem
crer num
É preciso
pôr cor
ser in
ser yin
ver sons
ter dó
ter mais
ir mal
ter voz
pôr luz
É preciso
ser pós
ter pré
Dúvida Cruel
No meu cérebro crepita
Uuma dúvida martelo
Minha alma se agita aflita
Tragédia grega desdita
Flagelo dor pesadelo
Arranca os meus cabelos
E como se fosse praga
Adaga no cotovelo
Golpeia meu cerebelo
O meu coração esmaga
Será que ela
Últimas Palavras do Anjo Diluidor
Grisalho
O pensamento velho
Sobrevoa os álbuns de família
E as cidades
Grisalho
O olho do espantalho
Vê as maldades do mundo e diz: caralho
Carinho de Carimbó
Carinho, Carimbó
Colar, colarinho, minissaia e paletó
Na ilha do Marajó, a filha do marajá
balança o maracá na dança do Carimbó
Em Porto Rico, “Porto Pobre”, qualquer costa
Todo mundo dança e gosta
Quem dança não dança só
Pará, Paraíba,