Já vai bem longe este tempo, eu sei
Tão longe que até penso que eu sonhei
Que lindo quando a gente ouvia distante
O som daquele triste berrante
E um boiadeiro a gritar
E eu ficava ali na beira da estrada
Vendo caminhar a boiada, até o último boi passar
Ali passava
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Flor do Cafezal
Quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor
Quanta flor meu cafezal
Ai menina, meu amor
Minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor
Branca flor do cafezal
Era florada
Lindo véu de branca renda
Se estendeu pela fazenda
Qual um manto nupcial
E de mãos dadas
Fomos juntos pela estrada
Toda branca e perfumada
Pela flor do cafezal
Meu cafezal em flor
Quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor
Quanta flor meu cafezal
Ai menina, meu amor
Minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor
Branca flor do cafezal
Passa-se o tempo
Vem o sol ardente e bruto
Morre o amor e nasce um fruto
No lugar de cada flor
Passa-se o tempo
Em que a vida é todo encanto
Morre o amor e nasce o pranto
Fruto amargo de uma dor
Meu cafezal em flor
Quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor
Quanta flor meu cafezal
Ai menina, meu amor
Minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor
Branca flor do cafezal
Chico Lobo
Chico Lobo, filho de seresteiro, é natural de São João Del Rey, radicado em Belo Horizonte, onde viveu desde 84, graduou-se em Educação Física pela UFMG e integrou o Grupo Aruanda de Danças Folclóricas, que se apresentou no Festival Mundial de
Antes Que Aconteça
Todos esses anos
Que passam por aqui
Se parecem todos
Com filmes que já vi
Olho na sinuca
Saiba como agir
Não se esqueça
Nunca de sorrir
Antes que aconteça
Da fera te pegar
Trate que pareça
Vontade de cantar
Nada muito igual
Ao ato de enganar
Aja como quem
Vai trabalhar
Antes que apareça
Um disco voador
Sobre a cabeça
Do Cristo Redentor
Sente-se comigo
Na mesa desse bar
Certamente
Há muito a conversar
Todos esses anos
Que passam por aqui
Se parecem todos
Com filmes que já vi
Olho na sinuca
Saiba como agir
Não se esqueça
Nunca de sorrir
Nau Catarineta
Dela vos venho contar
Sete anos e um dia Oh Dolinda, Oh Dolinda por sobre as ondas do mar.
Sete anos e um dia Oh Dolinda, Oh Dolinda por sobre as ondas do mar.
Já não tinha que beber
Nem tão pouco que manjar
Matamos o nosso galo Oh Dolinda Oh Dolinda que tinha para cantar
Matamos o nosso galo Oh Dolinda Oh Dolinda Oh Dolinda que tinha para cantar
Levanta-te meu gageiro
Meu gageirinho real
Vê se avista a terra Espanha Oh Dolinda Oh Dolinda areias em Portugal
Vê se avista a terra Espanha Oh Dolinda Oh Dolinda areias em Portugal
Não avistei terra Espanha
Areias em Portugal
Avisto sete espadas nuas Oh Dolinda Oh Dolinda para querer te cravar
Avisto sete espadas nuas Oh Dolinda Oh Dolinda para querer te cravar
Vai lá pra cima gageiro Oh oh
Meu cageirinho real
Vê se avista a terra Espanha Oh Dolinda Oh Dolinda areias em Portugal
Vê se avista a terra Espanha Oh Dolinda Oh Dolinda areias em Portugal
Já avistei terra Espanha
Meu capitão general
Também avisto três moças Oh Dolinda Oh Dolinda debaixo de um parreral
Também avisto três moças Oh Dolinda Oh Dolinda Oh Dolinda debaixo de um parreral
Uma tecendo ouro fino oh oh
Outra o mais rico metal
A mais chique que tinha delas Oh Dolinda Oh Dolinda à procura de um dedal
A mais chique que tinha delas Oh Dolinda à procura de um dedal
Todas três são minhas filhas
Todas três hei de lhe dar
Uma para te vestir Oh Dolinda Oh Dolinda Oh Dolinda
Outra para te calçar
A mais chique que tinha delas Oh Dolinda para contigo casar
Eu não quero tuas filhas
Nem tu hás de me dar
Só quero a Nau Catarineta Oh Dolinda Oh Dolinda para no mar navegar
Só quero a Nau Catarineta Oh Dolinda Oh Dolinda para no mar navegar
Caipira
Se vem lua cheia, traz cantoria
Vadia estrela menina
Fonte de amor e de alegria
Por isso eu sou cantador
Violeiro no sertão
Canto as tristezas da terra
Mas também a força desse chão
Depois de enxada no campo
É viola na mão
Sou caboclo que ao romper do dia
Vai pro roçado na hora da lida
Mulher cuida do café
E de Rosinha a mais pequenininha
Por isso eu sou plantador
Colho os frutos do meu chão
Em troca ofereço suor
Mas recebo com juros o pão
Depois de enxada no campo
É viola na mão
Sob o sol sou matuto da roça
Sob a lua eu canto de viola
Foi assim que me fiz caipira
Sob as bençãos de Nossa Senhora