Teus zói a cor da paisagem
Sereno o fim da viagem
Teus zói a cor da beleza
Sorriso da natureza
Azul de prata meu litoral
Dois brinco de pedra rara
Riacho de água clara
Roupa com cheiro de mala
Zoinho assim são mais belos
Que renda branca
Arquivo da tag: Flor da Paisagem – 1977
Pobre Bichinho
Sem querer fui entrando num desespero
De te amar feito um louco de corpo adentro
Mendigando o teu beijo a todo momento
E fazendo de mim mesmo um só tormento
Como a lua que brilha no firmamento
Como o sol que aquece o meu caminho
Como a noite que chora do meu lamento
Sou mais um que
Aprender a Voar
Olhos no chão,
Eu vou relendo os meus papéis pela manhã,
Eu vou montando a minha própria solidão,
Os olhos presos na parede,
As minhas mãos
Vão arrancando em cada corda,
Uma verdade,
Essas cordas não mentem,
Essas cordas
Não sentem o sufocar do tédio e do medo,
O sufocar do tédio e
A cal mar-se
A Cal Mar-se
A cal mar-se é questão de a
Cenar-se com a mão de a
Cordar no clarão da al
Vorada de cisão a
Pressada de antemão
A cal mar-se é questão de au
Sentar o se não de as
Soar o nariz quando se diz
Que não há mais o que havia
A algum tempo atrás
A cal mar-se é o escuro que há
Santo e Demônio
Sou a avenida cheia
De gente rápida e feia
Sou colorida inteira, concorrida e meia
Sou diariamente a dor que me passeia
A dor que me anseia ser
Particularmente rua
Sou um sol brilhante
De um dia incandescente
Sou luz calor calante
Bruxa de um
Agonia
Noite de agonia
Louca maravilha
Matei todo o meu pavor
Hoje acordo e vejo
Que não tenho medo
Se morresse cedo
Morrer não faz feio
Feio faz morrer
Qualquer hora sem ter um amor
Só na noite meu drama curou
Eu vivo calado
Louco apaixonado
Mas não fico triste por ser
Pássaro ferido