E falando na tua festa
Saia dessa, meu amor
Escutando na eletrola
A Gal, no fundo um luar
E os traços firmes no chão
Vão fazendo a poesia
Com os cabelos na mão
E ficando assim na sala
Ao primeiro cigarro
Clô, meu bem, não faça isso
De
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Barca de Caronte
Amigo vivo, não pise jamais este chão
Você não sabe o que o espera
Você não sabe, não
Você não sabe de nada
No fim desta estrada
Meu pai me falou um dia
O fim da vida inicia
Quem parte não volta mais
No fim dessa estrada
Há um porto com sangue no chão
Há um rio onde navio algum
Aqui – 1975
Segundo disco da banda gaúcha formada por cinco rapazes universitários, “Aqui“, veio depois de “Almôndegas” no mesmo ano de 1975 pela gravadora Continental num período de efervescência cultural no Rio Grande do Sul. Com nomes
Gô
Pena Gô que entre tanto amor
Ainda sejamos sós
Calou-se nossa voz
Neste silêncio de outono
No abandono de um pouco de sol.
Pena Gô que sempre tanta dor
Esgote nosso ser a sede de viver
E a poesia renascida
De nossa paz
Se perca em versos tão banais
Estremecida, espere
Velha Gaita (Adaptação de um tema folclórico do Rio Grande do Sul)
Olavo e Dorotéia (Uma Louca Estória de Amor)
Dorotéia cor de rosa ficou bela quando Olavo entrou
Com sapatos colorindo todo elevador
Mas antes do sétimo andar
Olavo não pode aguentar e pisou no seu pé
E pôs-se a correr como doido no sétimo andar
E pôs-se a gritar como doido no sétimo andar
E pôs-se a cantar como um anjo no céu
Dorotéia