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Vinil

O Disco de vinil, ou simplesmente Vinil ou ainda Long Play (abreviatura LP) é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usa um material plástico de mesmo nome. Trata-se de uma bolacha de material plástico, usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se, na verdade, de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar, essa vibração é transformada em sinal elétrico e por fim amplificado e transformado em som audível (música). O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção. A poeira é o pior inimigo do vinil pois funciona como um abrasivo, danificando tanto o disco como a agulha. O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, mais maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio. Mas são melhores principalmente pela reprodução de um número maior de músicas (ao invés de uma canção por face do disco) e finalmente pela sua excelente qualidade sonora. A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, provocando o ocaso (fato não consumado) dos discos de vinil. Eles ficaram obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX.No Brasil, os LP's em escala comercial foram comercializados até meados de 2001, mas alguns audiófilos continuaram preferindo o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD.

Compactos

Há tempos atrás, uma das estratégias mais seguras e interessantes da indústria fonográfica para divulgar os artistas e suas obras era o lançamento de um disco em forma compacta, contendo, normalmente, duas músicas - uma do lado A e outra do lado B. Muita gente adorava porque era prático e econômico. Muitos gostavam de ouvir os sucessos que tocavam na rádio, sem se importar com as outras faixas menos tocadas. Deste modo, o compacto era perfeito para atender a este público. No Brasil, os compactos deixaram de ser vendidos em 1989. Foi durante os anos 70 e início dos 80 o auge das vendas deste modelo de disco. Para se ter uma ideia, nos anos 70 foram vendidos 136 milhões e 600 mil álbuns destes disquinhos e nos anos 80, 56 milhões e 210 mil (fonte: Associação Brasileira de Produtores de Discos – ABPD). Porém, o cálculo para o número de cópias é diferente. A ABPD seguia para a contabilidade a orientação da IFPI (International Federation of the Phonographic Industry) onde cada 3 cópias equivaleria a 01 álbum. Com esta contabilidade podemos chegar aos estrondosos números de quase 500 milhões de compactos vendidos nos anos 70 e aproximadamente 169 milhões nos anos 80. Mas, há um porém nestas contas e datas: as fábricas brasileiras Polysom e Vinil Brasil não abandonaram o formato e ele ainda é fabricado e vendido no país, porém, com números bem mais modestos. A alegação da indústria fonográfica para extinguir as vendas e produções do compacto é que nele se vendia a música e no Long Play (LP), o artista. Mas, este último modelo rendia muito mais lucros às gravadoras fazendo com que, a partir dos LPs, alcançassem cifras monstruosas em lucratividade, o que fez penderem para o fim das vendas dos disquinhos com duas ou quatro músicas. Para o artista isto também foi bom, pois, pode mostrar seu trabalho com mais amplitude. Porém, o disco de 7 polegadas servia (e ainda serve) como “carro de entrada” de novos talentos e nos períodos do auge da sua produção desempenhava também a importante função para os produtores de discos avaliarem se deveriam ou não produzirem um LP levando em conta o sucesso ou o malogro de um determinado artista, banda ou conjunto.

Globo de Ouro

O programa, inicialmente dirigido por Arnaldo Artilheiro e Mário Lúcio Vaz, estreou em dezembro de 1972 com o nome Globo de Ouro – A Super Parada Mensal, e sua proposta era levar ao telespectador os maiores sucessos musicais do momento. A “parada” em questão era um ranking das dez músicas mais tocadas nas estações de rádio naquele mês. Com transmissão ao vivo no dia da estreia, o programa depois passou a ser gravado e exibido mensalmente às quartas-feiras, às 21h. Uma nova fase do GLOBO DE OURO teve início em 1976. O programa continuou mensal, mas passou a ser exibido às sextas-feiras, às 21h, com direção de Walter Lacet, agora contando com a presença do público. Todos os meses um grupo de estudantes era convidado para participar das gravações no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro. No mês de agosto, quando o Programa Silvio Santos deixou de ser transmitido pela TV Globo, Globo de Ouro passou a ser exibido semanalmente, aos domingos, durante um ano. Em 1977, Globo de Ouro ganhou uma nova dupla de apresentadores: os atores Tony Ramos e Christiane Torloni. Os números musicais, até então gravados isoladamente e depois editados, começaram a ser apresentados como espetáculo corrido e com participação de auditório.

Cassino do Chacrinha

O Cassino do Chacrinha, que durou de 1982 a 1988, na Rede Globo de Televisão, era apresentado por José Abelardo Barbosa Medeiros, o Chacrinha. O programa de auditório trazia atrações musicais e um divertido show de calouros . A direção era de José Aurélio Barbosa (Leleco Barbosa), filho do apresentador, e de Helmar Sérgio.
Chacrinha comandava o programa que levava em torno de duas horas e que manteve a aparente anarquia dos seus programas anteriores (Discoteca do Chacrinha, de 1967 e a Buzina do Chacrinha, do mesmo ano). Alguns elementos eram revolucionários como uma edição rápida, cameraman aparecendo no vídeo, assistentes fantasiados, plateia super animada, distribuição de brindes incomuns (como bacalhau) e movimentação intensa de artistas, além das célebres "chacretes", davam um tom de caos, embora se saiba, era extremamente organizado.
O Cassino do Chacrinha era gravado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro. O nome fazia homenagem ao primeiro grande sucesso radiofônico de Chacrinha, cerca de 30 anos antes, na Rádio Tupi.
Muitos artistas brasileiros, de todos os estilos, passaram pelo programa. Está com o Chacrinha era uma honra para qualquer artista, como também uma certa garantia de notoriedade tamanha era a visibilidade do semanal.
Foi também um dos mais populares programas da televisão brasileira, que fez grande sucesso nas tardes de sábado. Era um programa de auditório que apresentava atrações musicais e show de calouros.