No céu entre as estrelas vou cantando
e a terra vai formando um coração.
Palavras são tão poucas pra dizer,
que estou vagando assim só por amor.
Ferido, chorando, com o peito ardendo em chama
Estou morrendo em minhas mágoas,
transbordo a lua e vejo o mar.
Não é nem sonho ou fantasia.
Sem querer fui entrando em desespero
De te amar feito um louco de corpo a dentro
Mendigando o seu beijo a todo momento
E fazendo de mim mesmo um so tormento
Como a lua que brilha no firmamento
Como o sol que aquece o meu caminho
Como a noite que chora o meu lamento
Sou mais um que
Jequitinhonha
Braço do mar
Leva esse canto prá navegar
traz do garimpo
pedra que brilha mais que a luz do luar
Jequitinhonha
jequitibarro
mete essa unha, tira da terra
vida talhada com as mãos
Já te quis, já te quis, já te quis tanto
já
Ando procurando um jeito de beijar tua boca
E me distrair
Cantar mesmo soluçando os cantos chorosos
Que me fazem rir
Amo mesmo exatamente pois, amar é tudo
Que se faz ou não
Agarro feito uma criança sugando forte o teu coração
Meu coração…
Eu falo só das coisas tristes que saem do meu
Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
Cantando e aos compassos de uma canção
Te acordar
Talvez com saudades cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz
Com alguém
Cantar quase sempre nos faz recordar, sem querer
Um beijo, um sorriso, ou uma outra ventura qualquer
Lá vou nessa estrada
Desafiando o coração
Cantando em prosa ou canção
Feito uma Ave Cantadeira
Cantar, Cantar, Cantar
Viver, Viver, Viver
Criar penas de pássaro e voar
Voar, voar, voar
sofrer, sofrer, sofrer
Amar, amar
Amar Você
Lá vou eu nesta agonia
Levando a dor em minhas mãos
fugindo
