Arquivo da tag: Francisco Mário

O Andaime

O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!

Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão.

Gastei tudo que não tinha
Sou mais velho do que sou.
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Bateia

Quem manda o ouro buscar
Tem um brilho nos olhos
E cego não vê, levar
Nem mesmo a morte
Seus braços de ouro negro
De ouro negro, de ouro negro…

E dança que dança a riqueza
E canta que canta a nobreza
E chora que chora a bateia negra

Quem faz o ouro brilhar
Sem vida nos olhos
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Clareira Aberta

Na clareira aberta
Que o circo deixou
Só nos resta agora
Sobras do que ficou

Foi um dia de festa
Todo mundo irmão
Foi um dia de festa
Quanta ilusão

Entre papéis picados, risos rasgados
Cascas de amor, sustos em rostos pálidos
Bocas famintas, almas sedentas
Gritos em ânsia, e Leia Todo o Artigo

Terra – 1979

Terra“, lançado pelo selo Libertas em 1979, é o primeiro LP da carreira de Francisco Mário e teve a participação especial da conceituada cantora Joyce na faixa-título, composição do próprio Chico Mário que assina todas as 13 Leia Todo o Artigo

Pão e Circo

Se não tem pão
E tem circo
Se não tem leite
E tem circo
Então existe quem pague
Pra rir da própria morte
Pra brincar com a própria sorte
E há até quem tem força
Pra carregar o caixão
Do homem que disse não

E como é que essa força
Ameaçando explodir
Pode ficar escondida
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