Só, lá fora a chuva que cai
Só, eu pego o meu violão
Ai, tange o bordão
E esta canção tão triste sai
Sou um seresteiro a sonhar
Ai, sem ter ninguém, sem luar
Canto e a chuva fria cai
Canto nesta noite assim
Chove solidão dentro de mim…
Onde andará
Neste momento o meu amor
Em
De que é feito afinal
Esse seu coração
E que espécie de amor
Voce deseja dar
Se me humilho demais
Me abaixo até o chão
Ainda fico a dever
Sem lhe contentar
O que mais quer você
Se tudo já lhe dei
Se o que resta de mim
Sorrindo
Maldito seja o amor
O alucinado amor
Que me prendeu
Maldito seja o olhar
Aquele frio olhar
Que me venceu
A mão que me afagou
O beijo que ficou
Perdido em minha boca
Quem tudo quis de mim
Quem fez minha alma assim
Sozinha e louca
A noite em mim desceu e aconteceu
Longa e tristonha
Por uma
O nosso amor já passou
Já morreu
Nada restou desse amor
Vivo evitando
Essa gente falar
Não te querendo encontrar
Te encontrei
Não tendo agora
Mais amor pra te dar
Virei o rosto e passei
Peço perdão
Agi mal muito mal
Não te querendo magoar
Te magoei
Eu não sei como foi
Quando foi, porque foi
Eu só sei
Que este amor é mais meu
Do que teu
Este amor que eu arrasto
Pela vida assim
Que me leva a duvidar de mim
Se sou quem sou
Se nada sou
Eu não sei
Ninguém sabe talvez
Me falar se é possível
Se é difícil eu sofrer e calar
Eu só sei que enlouqueço
Um ano faz
Eu me lembro tão bem como foi
Por motivos tão fúteis, banais
Meu amor disse adeus e partiu
Partiu em paz
Hoje porém
Por acaso, de longe eu te vi
E a surpresa maior que eu senti
Foi saber ao te ver que mudei
Como mudei
E então
De repente o meu coração
Chorou tanto tempo
