Só, lá fora a chuva que cai
Só, eu pego o meu violão
Ai, tange o bordão
E esta canção tão triste sai
Sou um seresteiro a sonhar
Ai, sem ter ninguém, sem luar
Canto e a chuva fria cai
Canto nesta noite assim
Chove solidão dentro de mim…
Onde andará
Neste momento o meu amor
Em
Esquece aquele instante
Em que com tanto medo
Contei-te o meu segredo
E abri meu coração
Pois o amor que eu te dei
É hoje um sonho triste
E perdi minha crença
Pois em ti só existe
Por mim indiferença
Tu seguirás sonhando
Com amores
Teus lábios que eu não posso esquecer
Me enfeitiçaram
Trazendo mil desejos e ilusões
Que me encantaram
As horas mais felizes que vivi
Foram contigo
Por isso que não posso te esquecer
Um só momento
Eu posso até jurar ante ao altar
Amor sincero
E a todo mundo tu podes contar
Que
Maldito seja o amor
O alucinado amor
Que me prendeu
Maldito seja o olhar
Aquele frio olhar
Que me venceu
A mão que me afagou
O beijo que ficou
Perdido em minha boca
Quem tudo quis de mim
Quem fez minha alma assim
Sozinha e louca
A noite em mim desceu e aconteceu
Longa e tristonha
Por uma
Quem foi?
Que entristeceu esse sorriso
Quem foi?
Que fez sofrer o meu amor
Quem foi?
Que pôs a sombra da amargura
Nos olhos tão queridos do meu bem
Quem foi?
Que te ensinou o que é chorar
A morte da primeira ilusão
Quem foi?
Que te ensinou a caminhar
Perdida na mais triste solidão
Tu deste aquele
Vem ouve minha voz que dirá
Que há um coração
Que nasceu e que bate por ti
Que de tanto te amar
Já cansou de sangrar
Vem ouve minha voz a dizer
Palavras de amor
Que não querem
E nem buscam piedade
Tampouco mentiras
Somente a verdade
E a verdade és tu
Vem
