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Erosão

Roendo as unhas, Amélia Lutava no pensamento Pensando fosse possível Fazer o tempo parar Num quarto escuro, fechada Com a chave da virgindade Fora, o vento rói os montes Na cama da erosão Quem foge porque é noite Não vê o dia raiar Por mais que fuja traz presa A madrugada no calcanhar O relógio dá alarme Despertador de Amélia Jura ao velho travesseiro Seus ponteiros acertar Roendo as unhas, Amélia Roendo as unhas, Amélia

Me Dá Um Beijo

Me dá um beijo
Vigia um beijo
Dê cá um beijo

Seu eu não lhe amo
Mara morena manhosa, mar
Maravilhosa, amor rimar a morrerá
É madrugada
O sol despontando
Raiou o dia
Ô Mara
O olhar de Mara mar azulou
Ô Mara
Vai dançar o frevo na avenida
Ô Mara
Vai abrir janelas
Pro nosso amor

Seis Horas

Toda manhã se acorda
Às seis horas
Às seis horas o sol batendo
Nos sobrados de Olinda
No alto do Empire States
Nas esquinas do Village
Nas águas de Três Marias
Nessa pia que não lava
O segredo de Pilatos

Mágico, prático
Magiprático
Prático, mágico
Pratimágico
Pragmático

E seu horário londrino
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Ciranda da Mãe Nina

Foi numa ciranda
Na estrada de Paulista
Lá pras bandas de Olinda
Laço branco no cabelo
Da menina Severina
Da menina Severina

Navegando no seu corpo
Emoldurado pela chita
Com seu corpo navegando
No terreiro de Mãe Nina
Com seu corpo navegando
No terreiro de Mãe Nina

Ô cirandeiro, ô cirandeiro

Onde Leia Todo o Artigo

Cordão do Rio Preto

…E as morena na jinela
divertindo os carnavá.

Eita, sofrê
Ê, tanto pená
Morena na jinela
Divertindo os carnavá

Rio Preto vai passado
Pra que tanto carnaval
Pra que ter que se ir em frente
Depois do ponto final?
Rio Preto se arrastando
Pra que tanto carnaval
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