Amélia Claudia Garcia Colares, nascida em Fortaleza aos 21 de julho de 1950, mais conhecida como Amelinha, é uma cantora e compositora brasileira que fez muito sucesso, especialmente entre os anos 70 e 80. No ano de 1980 ganhou o 2° prêmio do Festival da Rede Globo, chamado MPB-80 com a música “Foi Deus Que Fez Você” e consagrou-se em 1982, cantando o tema “Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer sem Sentir Dor”. Nessa época já possuía diversas gravações e alguns discos produzidos por Zé Ramalho, cantor e compositor paraibano com quem foi casada. Amelinha iniciou a carreira na década de 70 ao lado de outros cantores cearenses como Fagner, Belchior e Ednardo, o grupo ficou conhecido no meio artístico como o Pessoal do Ceará.
A artista deixou o Ceará em 1970 para estudar comunicação em São Paulo. A carreira de cantora começou de maneira amadora, participando de shows do amigo e conterrâneo Fagner. Em 1974, decidida a seguir na música, passou a aparecer em programas de TV. No ano seguinte, fez uma temporada em Punta del Leste, acompanhando Toquinho e Vinicius de Moraes, quando o Poetinha compôs para ela “Ah! Quem me Dera”. Ao lançar o disco “Flor da Paisagem”, em 1977, produzido por Fagner, começou a ser apontada como a revelação nordestina ou “a Gal Costa do Ceará”.
Com o segundo trabalho, “Frevo Mulher” (1978), recebeu disco de ouro. Mas a consagração veio mesmo no ano seguinte, quando viu o Maracanãzinho acompanhá-la em “Foi Deus Que Fez Você”, durante o MPB-80, festival promovido pela Rede Globo. A composição de Luiz Ramalho classificou-se em segundo lugar, vendeu mais de um milhão de compactos e foi a primeira música a alcançar o primeiro lugar entre as mais executadas tanto nas faixas de FM quanto de AM.
O tema de abertura da série Lampião e Maria Bonita (Rede Globo), “Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer sem Sentir Dor”, fez Amelinha estourar novamente em 1982. O disco homônimo ficou mais de 30 semanas entre os 50 LPs mais vendidos do ano. Em 1984, a cantora entrou em nova fase. Separada do marido Zé Ramalho, que produziu três dos seus primeiros cinco discos e compôs muitos de seus sucessos, ela entregou sua voz à produção de Mariozinho Rocha e ao acompanhamento instrumental do Roupa Nova, que imprimiu algo de pop em seu trabalho. Foi o início de uma remodelação que culminou com o show “Saudades da Amélia” (1999) em que deixou os frevos e baiões de lado para um repertório com músicas de Tom Jobim, Caetano Veloso e Chico Buarque.