Notas

Música Medieval


O período da Renascença se caracterizou pelo enorme interesse do homem no saber e na cultura, particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Na música, os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, ou seja, a música não religiosa, inclusive mais interessados em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para acompanhar vozes. Apesar disso, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.

Referências


Compartilhe

Mais
História da Música
No Portal Aquela Música

Entendendo (e sentindo) a Música


Normalmente, quando ouvimos uma música executada por uma orquestra, pensamos que aquela é uma música clássica. A maioria das pessoas usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’. Para um estudioso ou musicólogo, entretanto, ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn, Mozart, Beethoven e outros compositores. As composições de outros autores, não podem ser consideradas clássicas. Ouvir Bach ou Vivaldi significa dizer que estamos ouvindo música barroca, se referirmos a Chopin, estaremos ouvindo música do período romântico. Na verdade, a expressão correta e abrangente seria “Música Erudita” para podermos definir a música não popular.
Diferentemente da música popular, cuja audição envolve, além dos sentidos, movimentos como o de dançar, levando o ouvinte a calma ou a euforia, a música erudita, em todos os seus períodos, tende a levar o sujeito ao equilíbrio, pois uma onda sonora causa mudanças na pressão do ar na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, levando o ouvinte a mergulhar em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranquilidade e sensação de relaxamento.
Composições cheias de tranquilidade evocam as imagens que vão até as fronteiras da percepção humana, comovendo profundamente o ouvinte. Por isso, quando alguém ouve um “canto Gregoriano” ou uma música mais tranquila (harmônica), tende a se acalmar e a entrar num estado de relaxamento e reflexão. Por isso, muitas pessoas ao ouvirem música dessa natureza sentem sonolência devido ao relaxamento dos músculos provocado pelo ar rarefeito.

A MÚSICA E AS CIVILIZAÇÕES:

Entre os vestígios remanescentes das grandes civilizações da antiguidade, foram encontrados testemunhos escritos em registros pictóricos e escultóricos de instrumentos musicais e de danças acompanhadas por música. A cultura sumeriana, que floresceu na bacia mesopotâmica vários milênios antes da era cristã, incluía hinos e cantos salmodiados em seus ritos litúrgicos, cuja influência é perceptível nas sociedades babilônica, caldéia e judaica que se assentaram posteriormente nas áreas geográficas circundantes. O antigo Egito, cuja origem agrícola se evidenciava em solenes cerimônias religiosas que incorporavam o uso de harpas e diversas classes de flautas, alcançou também alto grau de expressividade musical.
Na Ásia, onde a influência de filosofias e correntes religiosas como o budismo, o xintoísmo e o islamismo foi determinante em todos os aspectos da cultura, os principais focos de propagação musical foram as civilizações chinesa – do terceiro milênio antes da era cristã – e a indiana. A tradição musical da Anatólia, porém, penetrou na Europa através da cultura grega, cuja teoria musical constituiu o ponto de partida da identidade da música ocidental, bastante diversa da do Extremo Oriente.
No continente americano, a música americana pré-colombiana possui acentuado parentesco com a chinesa e a japonesa em suas formas e escalas, o que se explica pelas migrações de tribos asiáticas e esquimós através do estreito de Bering, em tempos remotos. Finalmente, a cultura musical africana não-árabe peculiariza-se por complexos padrões rítmicos, embora não apresente desenvolvimento equivalente na melodia e na harmonia.
Por volta de 500 anos D.C., a civilização ocidental começou a emergir do período conhecido como A Idade Escura. Durante os 10 séculos seguintes, a Igreja católica, recentemente emergida, dominou a Europa, instigando “as Cruzadas Santas” contra o leste, estabelecendo Universidades, e geralmente ditando o destino da música, da arte e da literatura. Dessa forma, a Igreja classificou a música conhecida como canto gregoriano que era a música aprovada por ela. Muito posterior, a Universidade de Notre, em Paris, viu a criação de um tipo novo de música chamada organum. Foi cantada a música secular por toda parte na Europa pelos trovadores e trouvères de França. E foi durante a Idade Media que a cultura ocidental viu a chegada do primeiro grande nome em música: Guillaume Machaut, compositor e poeta francês, cônego da catedral de Reims que foi secretário de João de Luxemburgo, rei da Boêmia. Sua obra musical é considerada um dos pontos culminantes da arte do século XIV. Guillaume de Machaut é autor de poemas líricos, baladas, danças, motetos e da famosa “Messe Notre Dame”, a primeira missa polifônica e considerado o maior músico da Ars Nova , período que compreende toda música composta entre 1300 até 1600. O estilo da Ars Nova é mais expressivo e refinado, seus ritmos mais flexíveis e a polifonia mais evoluída.

Referências


Compartilhe

Mais
História da Música
No Portal Aquela Música

Períodos da Música


De acordo com a quantidade de instrumentos e com o estilo, a música Ocidental pode ser dividida em períodos. Obviamente, as datas são apenas indicativas, pois entre um período e outro há sempre uma transição, comum quando tratamos de relacionar quaisquer divisões de tempo. Os períodos da música, estão assim divididos:
Período Medieval (Antes de 1450): Música Medieval é o termo dado à música típica do período da Idade Média durante a História da Música ocidental europeia. Esse período iniciou com a queda do Império Romano e terminou aproximadamente no meio do Século XV. Determinar o fim da Era medieval e o início da Renascença pode ser arbitrário; aqui, para fins do estudo de Música, vamos considerar o ano de 1401, o início do Século XV. Tudo começou com o monge italiano Guido d’Arezzo (995 – 1050) que sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas, cujo sistema é usado até hoje no canto gregoriano, a música sagrada da Igreja. A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se também ao monge Guido d’Arezzo e encontra-se numa melodia profana, hino que os meninos cantores entoavam ao padroeiro dos músicos São João Batista, para que os protegesse da rouquidão.

Cada linha desta melodia começava com uma nota mais aguda que a anterior. Guido, mestre de coro da Catedral de Arezzo na Toscana, era encarregado do coro da escola por volta de 1030 e certamente conhecendo os progressos musicais e sendo ele próprio um músico inventivo, concebeu um sistema para aprender música de ouvido. Durante o século XIX, o sistema de Guido foi adaptado para transformar-se no sol – fá tônico dos nossos dias, e usado para ensinar não músico a cantar música coral.
Período Renascentista (1451-1600): Neste período (cujo estilo é a Polifonia Coral), praticamente não existiam orquestras, apenas instrumentos isolados como Alaúde, Flautas Doces e Viola da Gamba. O estilo musical predominante deste período era constituido de várias melodias cantadas ou tocadas ao mesmo tempo. Os compositores de destaque desta época (Josquin de Pres, Giovanni da Palestrina, Orlando Lassus e Giovanni Gabrieli, entre os mais conhecidos.), tinham interesse em escrever peças apenas para instrumentos, a chamada música não religiosa, embora a grande produção do período tenham sido feitas para a Igreja Católica.
Período Barroco (1601-1750): Nesta época, começaram a aparecer as primeiras orquestras, o que daria origem às conhecidas orquestra sinfônicas de hoje. O Barroco consiste em ritmos enérgicos, melodias bem ornamentadas, alternando entre sons fortes e fracos e contrastando instrumentos de timbres diferentes. Os grandes compositores do estilo barroco foram Johann Sebastian Bach, George Handel, Cláudio Monteverdi, Jean Baptiste Luy, Arcângelo Corelli, Alessandro Scarlatti, Antonio Vivaldi, George Telleman e Domenico Scarlatti.
Período Clássico (1751-1810): No Período Clássico, novos instrumentos surgiram nas orquestras e as mesmas foram aumentando seu número de músicos. A música passou a ser menos complicada que a Barroca e procurou realçar a graça e a beleza das melodias. O grande nome deste período, sem dúvida, foi Wolfgang Amadeus Mozart, mas outros grande compositores se destacaram nesta rica época da música, tais como Christoph Gluck, Carl Phillip Bach, Johann Stamitz e Joseph Haydn que se destacaram nesse período. Um nome importante veio representar a transição deste período para o Romântico: Ludwing Van Beethoven.
Período Romântico (1811-1900): Nesta época, a Orquestra Sinfônica atingiu seu ápice em quantidade e tipos de instrumentos. No intuito de romper com a música do Período Clássico, os compositores dessa época promoveram a chamada liberdade de forma, que seria uma maior expressividade das emoções, dando maior ênfase na harmonia. Assim, houve uma maior preocupação em consolidar uma música mais nacionalizada, que pudesse valorizar as lendas e características dos seus países, buscando inspiração nas canções folclóricas. Os grandes nomes deste período foram Frederic Chopin, Robert Schumann, Peter Tchaikovsky, Johannes Brahms, Felix Mendelssohn, Carl Von Weber, Gioacchino Rossini, Franz Schubert, Hector Berlioz, Franz Liszt, Richard Wagner, Bedrich Smetana, Gustav Mahler e Richard Strauss. No Brasil, o compositor Carlos Gomes surpreendeu o mundo da música com seu talento único. Nesta época, Carlos Gomes alcançou grande prestígio com as óperas “O Guarani”, “Fosca”, “O Escravo”, dentre outras grandes composições.
Período Moderno (A partir de 1901): Nesta época, tivemos a introdução da eletroacústica nas orquestras, mas a essência da Orquestra Sinfônica continuou. Nesse contexto, aparece uma derivação da OS: a Orquestra Jazz-Sinfônica. A diferença entre elas é que na Jazz-Sinfônica aparece instrumentos como trompotes, trombones, todas as categorias de sax e bateria. Esse período é dividido em várias subdivisões, tais como Neoclássico (nomes como Carl Orff, Paul Hindemith, Maurice Ravel, Igor Stravisky, Benjamin Britten, Dimitri Schostakovich, Sergei Prokofieff e o brasileiro Heitor Villa-Lobos) , Contemporâneo (destaques como Arnold Schoemberg, Alban Berg, Anton Webern, Kristoff Penderecky, Bela Bartok, Olivier Messiaen, entre tantos outros grandes compositores) e Vanguarda (representada por nomes como Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen e John Cage, entre outros).

Referências


Compartilhe

Mais
História da Música
No Portal Aquela Música

Música Renascentista


O período da Renascença se caracterizou pelo enorme interesse do homem no saber e na cultura, particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Na música, os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, ou seja, a música não religiosa, inclusive mais interessados em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para acompanhar vozes. Apesar disso, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.
Falando da criação vocal, lembramos que na Basílica de São Marcos, em Veneza, por exemplo, havia dois grandes órgãos e duas galerias para coro, situadas em ambos os lados do edifício. Isso deu aos compositores a ideia de compor peças para mais de um coro, chamadas policorais. Assim, uma voz vinda da esquerda é respondida pelo coro da direita e vice versa. As peças mais utilizadas eram os Motetos e os Madrigais. Os Motetos eram peças escritas para no mínimo quatro vozes, cantados geralmente nas igrejas. Os Madrigais eram canções populares escritas para várias vozes e que se caracterizam-se por não ter refrão. De grande sucesso nas Inglaterra do século XVI, passaram a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas por música. A música renascentista é de estilo polifônico, quer dizer, possui várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.
Falando da música renascentista instrumental, embora até o começo do século XVI os compositores fizessem uso dos instrumentos apenas para acompanhar o canto, durante o século XVI passaram a ter cada vez mais interesse em escrever música somente para instrumentos. Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou clavicórdio. A maioria dos compositores ingleses escreveu peças para o virginal. No Renascimento, surgiram os primeiros álbuns de música, só para instrumentos de teclados. Muitos outros instrumentos, como as charamelas e alguns tipos de cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros, como o alaúde, passaram por vários aperfeiçoamentos.

PRINCIPAIS COMPOSITORES DO RENASCENTISMO:

William Byrd – Compositor inglês, provavelmente nascido em Londres em 1542 ou em 1543. Filho de um músico, teve como professor Thomas Tallis. Tornou-se organista da Lincoln Cathedral em 1563, cantor do coro da Capela Real em 1570, e em 1575 recebeu o título de Organista da Capela Reall. William era ligado à tradição polifônica do século XVI, sua obra se destaca graças às suas variações para o virginal, canções, motetos e hinos. É o mais representativo dos compositores da Renascença inglesa. É considerado o maior compositor de contraponto de sua época na Inglaterra, chamado de “o Palestrina Inglês”. Foi o primeiro compositor inglês a escrever madrigais, forma de composição originária na Itália no século XIII e que alcançou maior desenvolvimento nas mãos dos mestres do século XVI. Organista e exímio executante do virginal, Byrd escreveu para este último, grande número de composições, muitas das quais ainda são tocadas hoje em dia. Byrd também exerceu importante atividade no ramo das edições. Em 1607 publicou uma coleção de gradualia para um ano eclesiástico inteiro. Uma moderna edição deste álbum foi publicada em 1899. Em 1611 aparece a primeira edição de “Psalms, Songs and Sonnets, Some Solemn, Others Joyful, Framed to the Life of the Words, Fit for Voyces or Viols, etc.” William Bird faleceu em 4 de julho de 1623 em Stondon Massey, Essex.
Josquin Després – Chamado de “Príncipe dos Compositores”, pelos músicos de sua época, que admiravam sua obra naquilo que esta tinha de comovedor e o modo de como ele ressaltava o sentido das palavras no canto. Josquin nasceu em Condé-sur-l’Escaut, Hainaut, província pertencente aos Países Baixos. Como a maior parte de seus contemporâneos, fez carreira na Itália, onde morou quase ininterruptamente de 1459 a 1505. Em 1474 já aparece como mestre de capela particular do duque Galeazzo Maria Sforza, em Milão. Mais tarde, em Roma, entra para o serviço do papa Sisto IV, até o ano de 1499. Retornando a Milão, transferiu-se em seguida para Ferrara (1501 a 1505), contratado por Hércules I d’Este. Depois de 1505, seu novo lugar de trabalho foi a corte do rei Luís XII. Grande compositor, é considerado o mais moderno dentre os de sua época. Sua produção musical compreende mais de 20 missas completas a 4, 5 e 6 vozes, 104 motetos, hinos e salmos, 74 canções. Entre suas obras religiosas mais conhecidas estão as missa Hercules dux Ferrarie, o moteto Miserere e, principalmente, as duas últimas missas compostas depois de 1505, De Beata Virgine e Pange Lingua.
Giovanni Pierluigi da Palestrina – nascido na itália em 1525, Palestrina passou a vida a serviço da Igreja. Em Roma, cantou no coro da capela Sistina, dirigiu o coro da Capela Giulia e foi maestro do coro das igrejas de São João Latrão e Santa Maria Maggiore. Em 1567, passou a fazer parte do conjunto de músicos do Cardeal Ipplito II d’Este, em Tivoli, mas cinco anos depois voltou à Capela Giulia, como maestro do coro, permanecendo ali pelo resto de sua vida. Logo após a morte de sua primeira esposa em 1581, casou-se com uma viúva rica e assumiu o comércio de peles do falecido marido dela, transformando-o num excelente negócio. Palestrina é o melhor de todos os compositores do estilo coral polifônico da Igreja Católica Romana. Suas linhas vocais longas e sinuosas parecem se entrelaçar e colear pela igreja, arrebatando a congregação inteira para uma atmosfera de oração. A produção musical de Giovanni Pierluigi da Palestrina é bastante considerável: são 104 missas, de 4 a 8 vozes, escritas com temas gregorianos ou populares, 375 motetos, 68 ofertórios, 65 hinos, 35 magnificats, cinco lamentações, 56 madrigais espirituais e nove ricercari, para órgão. No gênero da música profana, deixou três coletâneas de madrigais publicadas em 1555, 1581 e 1586. O compositor italiano faleceu no ano de 1594.
Giovanni Gabrieli – Sobrinho e sucessor do compositor e organista da Basílica de São Marcos, Andrea Gabrieli (1510-1586), o italiano Giovanni Gabrieli compôs as Sacrae Symphoniae (1597) e as Canzoni, nas quais permaneceu fiel ao estilo criado por seu tio: o estilo policoral. Seria impossível falar de Giovanni sem mencionar a história de seu tio, Andrea Gabrieli. Andrea foi cantor em São Marcos quando jovem e organista em uma pequena catedral quando Giovanni era ainda criança. Por volta de 1562, Andrea foi trabalhar em Munique, na corte do Duque da Bavária. Logo retornou para Veneza, onde tornou-se o mais popular compositor de seu tempo. Logo após o seu retorno, foi nomeado organista de São Marcos.Durante o tempo em que foi organista, Andrea foi o tutor do jovem Giovanni. Por volta de 1575, como o seu tio fizera antes, Giovanni foi para a corte de Bavária e trabalhou sob a orientação do compositor Orlando di Lasso. Andrea já havia conhecido Lasso em Munique e isso ajudou Giovanni a conseguir o emprego na corte. Giovanni deixou Munique depois da morte de seu patrono, o duque Albrecht, em 1579, voltando para Veneza. Em 1584, o organista Claudio Merulo demitiu-se de seu posto como organista em São Marcos. Um concurso foi realizado, em janeiro de 1585, para a contratação de um novo organista. Giovanni venceu e passou a trabalhar com o tio, ambos organistas de São Marcos. Infelizmente esta união durou pouco, devido à morte de Andrea, em 1585. Giovanni também ensinava música. Foi um dos mais famosos professores em seu tempo. Um de seus alunos mais famosos foi Heirich Schutz. Depois da morte de Giovanni, em 1612, sua música foi logo esquecida. Alguns amigos publicaram seus trabalhos após sua morte, mas as novas idéias musicais do Barroco logo tomaram lugar do “velho” estilo da Renascença.
Claudio Monteverdi – o compositor foi regente do coro da basílica de São Marcos, em Veneza. No entanto, Monteverdi foi um anti-tradicionalista. Ao invés de continuar com as tradições da música polifônica, tornou-se um inovador, empregando acompanhamentos instrumentais, dissonâncias e cromatismos. De 1591 até 1612, esteve a serviço da corte de Mântua como violinista, cantor e depois mestre de câmara e de capela. Em 1613 foi nomeado mestre-de-capela em São Marcos, Veneza, cidade onde passou a morar. Viúvo e tendo perdido seus dois filhos devido à peste, ordenou-se em 1632. Compôs para a catedral de São Marcos e para as festas da cidade. Foi também um professor famoso e teve numerosos alunos: G. B. Rovetta, Schütz, Cavalli entre outros. Monteverdi escreveu obras religiosas (Madrigais Espirituais, 1583; Vésperas da Virgem, 1610) e profanas (Canzonette, 1584; Scherzi Musicali, 1607), nove livros de madrigais (1587-1615) e óperas ( L’Orfeo, 1607; L’Arianna, 1608; Il ballo delle ingrate, 1608; Tirsi e Clori, 1616; Il combattimento de Tancredi e Clorinda, 1624; Il ritorno d’Ulisses in patria, 1641; L’incoronazione di Poppea, 1642). O Orfeo de Monteverdi é considerada a primeira grande ópera da História da Música. Uma das primeiras orquestras que conhecemos é a que Monteverdi formou para a o Orfeo e compunha-se de uns 40 instrumentos, amplamente variados. Monteverdi foi o último dos grandes compositores polifonistas, mas os seus últimos madrigais tendem para a música dramática do período Barroco.

Referências


Compartilhe

Mais
História da Música
No Portal Aquela Música