As origens da música permanecem altamente controversas; comentaristas muitas vezes a relacionam com a origem da linguagem, com muita discordância em torno de se a música surgiu antes, depois ou simultaneamente com a linguagem. Muitas teorias foram propostas por estudiosos de uma ampla gama de disciplinas, embora nenhuma tenha alcançado ampla aprovação. A maioria das culturas tem seus próprios mitos fundadores relacionados à invenção da música, geralmente enraizados em suas respectivas crenças mitológicas, religiosas ou filosóficas.
A música das culturas pré-históricas é pela primeira vez firmemente datada de c. 40000 a.C. do Paleolítico Superior por evidências de flautas ósseas, embora ainda não esteja claro se as origens reais estão ou não no período Paleolítico Médio anterior (300000 a 50000 a.C.). Pouco se sabe sobre a música pré-histórica, com traços principalmente limitados a algumas flautas simples e instrumentos de percussão. No entanto, tais evidências indicam que a música existiu até certo ponto em sociedades pré-históricas, como a dinastia Xia e a civilização do Vale do Indo. Com o desenvolvimento da escrita, a música das civilizações letradas — música antiga — estava presente nas principais sociedades chinesas, egípcias, gregas, indianas, persas, mesopotâmicas e do Oriente Médio. É difícil fazer muitas generalizações sobre a música antiga como um todo, mas pelo que se sabe era muitas vezes caracterizada pela monofonia e improvisação. Nas formas de canções antigas, os textos estavam intimamente alinhados com a música e, embora a notação musical mais antiga sobrevivente desse período, muitos textos sobrevivem sem a música que os acompanha, como o Rigueveda e o Clássico da Poesia. O eventual surgimento da Rota da Seda e o contato crescente entre culturas levou à transmissão e troca de ideias, práticas e instrumentos musicais. Essa interação levou a música da dinastia Tang a ser fortemente influenciada pelas tradições da Ásia Central, enquanto a música da dinastia Tang, o gagaku japonês e a música da corte coreana se influenciaram.
Historicamente, as religiões têm sido frequentemente catalisadoras da música. Os Vedas do Hinduísmo influenciaram imensamente a música clássica indiana, enquanto os Cinco Clássicos do confucionismo lançaram as bases para a música chinesa subsequente. Após a rápida disseminação do Islã no século VI, a música islâmica dominou a Pérsia e o mundo árabe, e a Idade de Ouro Islâmica viu a presença de vários teóricos importantes da música. A música escrita para e pela Igreja Cristã primitiva inaugura adequadamente a tradição da música clássica ocidental, que continua na música medieval, onde a polifonia, a notação de pauta e as formas nascentes de muitos instrumentos modernos se desenvolveram. Além da religião ou da falta dela, a música de uma sociedade é influenciada por todos os outros aspectos de sua cultura, incluindo organização e experiência social e econômica, clima e acesso à tecnologia. Muitas culturas associaram a música a outras formas de arte, como as quatro artes chinesas e o quadrivium medieval. As emoções e ideias que a música expressa, as situações em que a música é tocada e ouvida e as atitudes em relação a músicos e compositores variam entre regiões e períodos. Muitas culturas têm ou continuam a distinguir entre música culta (ou ‘música clássica’), música folclórica e música popular.
Algumas manifestações poético-musicais também são encontradas na Bíblia, como a descrição da orquestra de Nabucodonosor II feita por Daniel. Século VI a.C. Referências à música aparecem nos escritos dos filósofos gregos. Há uma vasta produção musical ligada às festividades e ao teatro, e a notação musical é feita com a utilização de letras do alfabeto grego, o que possibilita a recuperação de algumas composições. Pitágoras demonstra proporções numéricas na formação das escalas musicais, na mais antiga menção a uma teoria da música na Grécia.
Entre os séculos I e IV a.C., a teoria e a música grega são compiladas pelos romanos. A tradição musical grega é difundida por escravos vindos da Grécia, que tomam parte em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.
A base da música da Idade Média começa com a proliferação das comunidades cristãs. Poucas vezes o Homem teve a sua existência tão marcada pela espiritualidade quanto na Idade Média, e poucas vezes feliz ao tentar imprimir na arte os sinais do invisível. Para os historiadores, não é tarefa fácil tentar determinar o período de início e fim da Idade Média, mas as propostas mais aceitas situam essa era da História entre a queda da Civilização Romana no século V, e o século XV, do Renascimento. Se aceitarmos essa hipótese, poderíamos dizer que a música medieval, em tese, acompanha essa cronologia e que foi produzida por praticamente mil anos. Assim, ela nasceria com as primeiras manifestações artísticas de uma nova cultura, fundamentada na síntese das sociedades romana e germânica, ambas articuladas pela Igreja.
No período da Antiguidade clássica (Séculos V a.C.), na Grécia, são cantados os ditirambos, poesia lírica que exprime entusiasmo ou delírio. Coros em honra ao deus Dionísios. Aristogenos de tarento (354-300 a.C) foi um filósofo, músico e teórico da música grega, pertencente à escola peripatética. Funda uma nova teoria musical grega, para a qual a base deixa de ser numérica, como o era para os pitagóricos, e passa a levar em conta a experiência auditiva.
Fontes:
Wikipédia
Música No Tempo
