Loki foi lançado em 1974, após da saída de Arnaldo Baptista de “Os Mutantes” e do término de seu casamento com Rita Lee, com quem dividia o núcleo criativo da banda. Arnaldo vivia um recesso depressivo num sítio em São Paulo e conseguiu fazer o disco a partir de uma iniciativa da Polygram que, apesar de considerar incerto o sucesso da obra, apostou em lançá-la por considerar Baptista um artista muito criativo. O disco é considerado um dos melhores álbuns dos anos 70 por suas composições mais inspiradas e melancólicas, no que seria uma espécie de último lampejo criador precedendo a derrocada psiquiátrica de que até hoje padece e que já então se anunciava de forma evidente. A enorme gama de estruturas melódicas e harmônicas explorada ao longo das faixas mostra um Arnaldo bossanovista na faixa “Cê Tá Pensando que Eu Sou Lóki?”, um Arnaldo roqueiro em “Será que Eu Vou Virar Bolor?” e até mesmo um compositor jazzístico-progressivo, como na ótima faixa “Honky Tonky”.
O disco foi produzido por Roberto Menescal e Marco Mazzola e teve a participação dos ex-mutantes Rita Lee, Liminha e Dinho Leme, além dos arranjos de Rogério Duprat nas faixas “Cê Tá Pensando que Eu sou Loki?” e “Uma Pessoa Só”. É um disco que, curiosamente, usa o rock, mas ignora a guitarra. Com efeito, o guitarrista Sérgio Dias Baptista, irmão caçula de Arnaldo e guitarrista de Os Mutantes, é o único membro da banda que não atua em Loki.
FAIXAS DO DISCO:
LADO A:
1.Será Que Eu Vou Virar Bolor? (Arnaldo Baptista)
2.Uma Pessoa Só (Arnaldo Baptista/Dinho Leme/Liminha/Sérgio Dias)
3.Não Estou Nem Aí (Arnaldo Baptista)
4.Vou Me Afundar Na Lingerie (Arnaldo Baptista)
5.Honky Tonky (Arnaldo Baptista)
LADO B:
1.Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki? (Arnaldo Baptista)
2.Desculpe (Arnaldo Baptista)
3.Navegar De Novo (Arnaldo Baptista)
4.Te Amo Podes Crer (Arnaldo Baptista)
5.É Fácil (Arnaldo Baptista)
