PIXINGUINHA
Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897. Foi um flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente brasileiro. O compositor é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira e contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas.
Quando compôs a famosa “Carinhoso”, entre 1916 e 1917 e “Lamentos” em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, “Carinhoso” na época não foi considerado choro, e sim uma polca.
DONGA
Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido como Donga, (Rio de Janeiro, 5 de abril de 1890 — Rio de Janeiro, 25 de agosto de 1974) foi um músico, compositor e violonista brasileiro.
Filho de Pedro Joaquim Maria e Amélia Silvana de Araújo, Donga teve oito irmãos. O pai era pedreiro e tocava bombardino nas horas vagas; a mãe era a famosa Tia Amélia do grupo das baianas Cidade Nova e gostava de cantar modinhas e promovia inúmeras festas.
Participava das rodas de música na casa da lendária Tia Ciata, ao lado de João da Baiana, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e outros. Grande fã de Mário Cavaquinho, começou a tocar este instrumento de ouvido, aos 14 anos de idade. Pouco depois aprendeu a tocar violão, estudando com o grande Quincas Laranjeiras. Em 1916 consagrou a gravação de Pelo Telefone, considerado o primeiro samba gravado na história.
JOÃO DA BAIANA
João Machado Guedes, conhecido como João da Baiana nasceu no Rio de Janeiro em 17 de maio de 1887. Filho de Félix José Guedes e Perciliana Maria Constança, era o mais novo e único carioca de uma família baiana de 12 irmãos. O nome João da Baiana veio do fato de sua mãe ser conhecida como “Baiana”. Cresceu na Rua Senador Pompeu, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, sendo amigo de infância de Donga e Heitor dos Prazeres e, quando criança, frequentou as rodas de samba e macumba que aconteciam clandestinamente nos terreiros cariocas. Participou de blocos carnavalescos e é tido como o introdutor do pandeiro no samba. Teve por muito tempo um emprego fixo não relacionado a música, tendo inclusive recusado, em 1922, viajar com Pixinguinha e os Oito Batutas para não perder o posto de fiscal da Marinha.