domingo, 10 novembro, 2024
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Engenheiros do Hawaii

O Pop é Rock

A banda Engenheiros do Hawaii foi formada em 1984, na cidade de Porto Alegre, e alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. Tudo começou com quatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS: Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Stein (guitarra), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Maltz (bateria), que resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. O primeiro show da banda foi em 11 de janeiro de 1985. O nome Engenheiros do Hawaii foi escolhido para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com os quais os rapazes da banda tinham uma certa rixa. Da brincadeira, começaram a surgir propostas para shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre, juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul, a banda, em menos de quatro meses de carreira, conseguiu gravar duas músicas na coletânea “Rock Grande do Sul” (1985) com diversas bandas gaúchas.
O primeiro disco veio em 1986: “Longe Demais das Capitais”. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e Os Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções “Toda Forma de Poder”, que foi tema da novela Hipertensão da Rede Globo e “Segurança”, além de “Sopa de Letrinhas” e a faixa-título. Em 1987, sem o baixista Marcelo Pitz, que deixou a banda por motivos pessoais, a turma lançou “A Revolta dos Dândis”. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais deste trabalho foram influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Camus e Sartre. Destaque para os hits “Infinita Highway”, “Terra de Gigantes” e “Refrão de Bolero”. O disco seguinte, “Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém”, de 1988, fez sucesso com as músicas “Somos Quem Podemos Ser”, “Cidade em Chamas”, “Tribos & Tribunais” e “Variações Sobre o Mesmo Tema”, esta última uma homenagem à banda Pink Floyd, com sua estética progressiva e dividida em três partes. Em 1989, a banda lançou “Alívio Imediato”, quarto disco da carreira e o primeiro registro ao vivo.
Os anos 90 começou com “O Papa é Pop”, disco que consolidou a mudança de sonoridade da banda. Puxados pelo sucesso “Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones”, regravação de uma velha canção do grupo Os Incríveis (por sua vez , uma versão da canção “C’era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones” de Gianni Morandi), o quinto disco dos Engenheiros teve outros destaques , como “O Exército de um Homem Só”, “Pra Ser Sincero” e “O Papa é Pop”. No ano de 1991, foi a vez do sexto disco, “Várias Variáveis”, lançamento que completou a trilogia iniciada no segundo e terceiro discos da banda. Neste disco, o destaque fiocu por conta de “Herdeiro da Pampa Pobre”, regravação de um antigo sucesso de Gaúcho da Fronteira, bastante executada nas rádios. No ano seguinte, 1992, foi lançado o sétimo disco, “Gessinger, Licks & Maltz” ou GLM, com destaque para as canções “Ninguém = Ninguém”, “A Conquista do Espaço” e “Parabólica”, canção que Gessinger fez em homenagem a sua filha Clara, nascida em fevereiro do mesmo ano.
Em 1993, a banda lançou “Filmes de Guerra, Canções de Amor”, gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. A banda considerava este disco como acústico, pois condicionava tal formato à ausência de bateria e às guitarras semi-acústicas. Na época não existia a febre de acústicos gravados pelos grandes nomes nacionais, o que denota o caráter visionário da banda. O disco foi gravado ao vivo por uma decisão da banda de gravar um álbum ao vivo a cada três álbuns, uma idéia da banda Rush, que faz o mesmo. Com guitarras acústicas, percussão, piano, acordeão e participação da Orquestra Sinfônica Brasileira em três faixas, regida por Wagner Tiso, as velhas canções – como “Muros & Grades”, “O Exército de um Homem Só” e “Crônica” – e novas composições – como “Mapas do Acaso” e “Quanto Vale a Vida?”, ganharam arranjos que apontavam para o blues, a música tradicionalista e a erudita, ressaltando a excelente qualidade das letras dos Engenheiros do Hawaii. O ano de 1993 marcou também a primeira excursão dos Engenheiros pelo Japão e Estados Unidos da América. Porém, no final deste mesmo ano, discussões e rixas internas acabaram por resultar na saída do guitarrista Augusto Licks. Após longa disputa jurídica pela marca “Engenheiros do Hawaii”, Humberto Gessinger e Maltz finalmente ficaram com o nome da banda. O passo seguinte foi remontar os Engenheiros, com a entrada do guitarrista Ricardo Horn. Após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançaram em 1995 o álbum “Simples de Coração”.
Em 1996, a banda modificou o nome e lançou um disco, homônimo: “Humberto Gessinger Trio” (HG3). Mas em 1997, a banda voltou a se chamar Engenheiros do Hawaii e lançou o disco “Minuano”, com destaque para a música “A Montanha”, além de outras belas canções como “Nuvem”, “Faz Parte” e “Alucinação”, uma cover para uma antiga canção de Belchior. O disco ainda marcou a saída dos Engenheiros do Hawaii da BMG. A saída se deu com o lançamento de um box em formato de lata, intitulado Infinita Highway, contendo o relançamento de todos os dez discos da banda até então. Todos foram remasterizados, com exceção dos dois últimos (“Simples de Coração” e “Minuano”, que já foram gravados em CD). Em 1999, pela Universal Music Group, foi lançado “¡Tchau Radar!” com composições de Gessinger, como “Eu Que Não Amo Você”, “Seguir Viagem” e “3 X 4” além de duas covers: “Negro Amor” (“It’s All Over Now Baby Blue”, de Bob Dylan) e “Cruzada” (de Tavinho Moura e Marcio Borges), esta contando com arranjos de orquestra, como é comum em várias faixas do álbum.
No ano 2000, a banda lançou “10.000 Destinos”, seguido de “10.001 Destinos”, de 2001 No ano seguinte (2002), veio o CD “Surfando Karmas & DNA”, disco que consolida a nova fase da banda, e que tem a participação especial do ex-Engenheiros Carlos Maltz na faixa “E-stória”. São destaques do disco a faixa título e as canções “Terceira do Plural”, “Esportes Radicais”, “Ritos de Passagem” e “Nunca Mais”. Há influência do punk rock e pop rock nas novas canções. O disco seguinte, “Dançando no Campo Minado”, de 2003, manteve a regra: sonoridade muito similar ao seu antecessor com músicas curtas, guitarras pesadas e poesia crítica de Gessinger denunciando os males da globalização, da desilusão política e ideológica e da guerra, nas canções “Fusão a Frio”, “Dançando no Campo Minado”, “Dom Quixote”, “Segunda Feira Blues” e “Até o Fim”. Em 2004, foi a vez do CD “Acústico MTV”, seguido de um DVD, lançado no ano seguinte. Em 2007, a banda lançou “Novos Horizontes” pela Universal, trabalho que coroa uma trajetória de sucesso popular pouco vista no pop rock brasileiro. Engenheiros do Hawaii prometeu uma volta em disco para o ano de 2011.

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Discografia do Artista

1986 – Longe Demais das Capitais – RCA Victor
1987 – A Revolta dos Dândis – PluG
1988 – Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém – PluG
1989 – Alívio Imediato (Ao Vivo) – RCA
1990 – O Papa é Pop – RCA Victor
1991 – Várias Variáveis – RCA
1992 – Gessinger, Licks & Maltz – RCA
1993 – Filmes de Guerra, Canções de Amor – RCA/BMG
1995 – Simples de Coração – BMG/Ariola/RCA
1997 – Minuano – Ariola
1999 – Tchau Radar! – Universal/Mercury
2000 – 10.000 Destinos (Ao Vivo) – Universal/Mercury
2001 – Surfando Karmas & DNA – Universal/Mercury
2003 – Dançando no Campo Minado – Universal
2004 – Acústico MTV – Universal/Mercury
2007 – Acústico Novos Horizontes – Universal/Mercury

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