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19“Refavela” é um álbum do cantor, compositor e músico Gilberto Gil, gravado nos estúdios Phonogram e lançado pela gravadora Philips em 1977. O disco faz parte da trilogia RE, que se refere aos álbuns de 1975 (“Refazenda”) e de 1979 (“Realce”), além deste, é claro.
Em 1977, Gilberto Gil participou do 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra (FESTAC 77) em Lagos, Nigéria. O evento reuniu 50 mil artistas afrodescendentes e da diáspora negra, dentre eles o artista Fela Kuti, que influenciou Gil na sonoridade Afrobeat e Juju. Houve também a influência do funk americano, do reggae e dos blocos carnavalescos baianos Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy, que propunham a reafricanização do carnaval e, também, do Movimento Black Rio.
Assim como “Refazenda”, que revisitou suas raízes nordestinas, o álbum surge com a ideia de revisitar suas raízes africanas, como é o caso da canção “Babá Alapalá” que reúne os orixás em um assunto de ancestralidade africana e “Balafon” que é sobre o instrumento de mesmo nome que Gil ganhou de presente da Nigéria.
Com direção de produção de Roberto Sant’Ana, o LP foi considerado o 54º melhor disco do Brasil na lista dos 100 maiores discos da música brasileira organizada pela revista Rolling Stone Brasil em 2007.
FAIXAS DO DISCO:
LADO 1:
1.Refavela (Gilberto Gil)
2.Ilê Ayê (Paulinho Camafeu)
3.Aqui e Agora (Gilberto Gil)
4.No Norte da Saudade (Perinho Santana/Moacyr Albuquerque/Gilberto Gil)
5.Babá Alapalá (Gilberto Gil)
LADO 2:
1.Sandra (Gilberto Gil)
2.Samba do Avião (Tom Jobim)
3.Era Nova (Gilberto Gil)
4.Balafon (Gilberto Gil)
5.Patuscada de Gandhi (Afoxé Filhos de Gandhi)
